Pesquisa afirma que valor pago pelo seqüestro de CO2 no Brasil é insuficiente para preservação da Amazônia

2 de março de 2017


 

A tese “Tradeoff between agriculture and forest preservation in the Brazilian Amazon”, estimou  o custo de oportunidade da preservação da Floresta Amazônica e o impacto dos avanços tecnológicos na relação entre agricultura e preservação da Amazônia no Brasil. De acordo com esse estudo, o preço de uma tonelada de CO2, utilizado pelo governo brasileiro para angariar fundos para a preservação da floresta Amazônica, está subestimado. A pesquisa procurou estimar a fronteira de possibilidades de produção usando o modelo directional output distance functions a partir de dados obtidos em âmbito municipal.

A estimativa permitiu identificar o custo de oportunidade da preservação da floresta e os impactos dos avanços tecnológicos na região. Os resultados mostraram que, para preservar um hectare de floresta Amazônica, os municípios, anualmente, deveriam abrir mão de cerca de US$ 800,00.  Medidas de conversão entre um hectare de floresta e a quantidade de carbono sequestrada pela floresta permitiram estimar que o custo de manter uma tonelada de CO2 na floresta sequestrada é de, pelo menos, US$ 14.00, um valor significativamente mais alto que o utilizado pelo governo, US$ 5.00, e os reportados na literatura sobre o tema. Os resultados indicaram também que o progresso tecnológico implica em um aumento da produção agrícola e redução de desmatamento.

 

A Foi defendida, dia 23 de fevereiro em cotutela do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada (UFV) com a Universidade de Nebraska(EUA) e foi orientada pelos professores Marcelo J. Braga (UFV), Richard K. Perrin (UNL) e Lilyan E. Fulginiti (UNL).

 

 

Mais informações: Professor Marcelo Jose Braga

E-mail: mjbraga@ufv.br

Telefone: (31) 3899 1318

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