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Edital de seleção para o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo – 2015/I

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 22/set/2014 -

Acesse o edital

Nutricionistas da UFV criam produtos alimentícios à base de algas marinhas visando o desenvolvimento social de comunidades costeiras

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 10/set/2014 -

A pesquisa acaba de conquistar o primeiro lugar na área de Nutrição em Saúde Pública e o segundo lugar na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Categoria I), do Prêmio Henri Nestlé.

por Elaine Nascimento

De Minas Gerais, mais precisamente da cidade de Viçosa, saiu a solução para o desenvolvimento e sustentabilidade das comunidades costeiras de Rio do Fogo, no Rio Grande do Norte e Pedrinhas, no Ceará. Apesar de não ter mar, por aqui se tem o conhecimento e a tecnologia necessários para transformar algas marinhas em produtos alimentícios. Uma equipe do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição da UFV, liderada pela professora Ana Vládia Bandeira Moreira, se dedicou a estudar as algas Gracilaria birdiae e a partir delas desenvolveu receitas que valorizam os alimentos do litoral e enriquecem a culinária da região.

Sorvete de  morango, salada fantasia, gelatina de cajá, pão de cebola recheado, bolo de arroz com calda de maracujá, manjar, bobó de algas, panquecas, sobremesa refrescante e nhoque da sorte. Tudo feito à base de algas marinhas. O cardápio de dar água na boca foi desenvolvido para atender às comunidades litorâneas e, sobretudo, foi elaborado com a participação direta das maricultoras, que são trabalhadoras que se dedicam ao cultivo e beneficiamento de espécies marinhas.

De acordo com a professora Ana Vládia, algas marinhas têm alto valor nutritivo, sendo ricas em carotenóides, proteínas, fibras dietéticas, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais. O litoral brasileiro é um dos principais produtores de algas no mundo. Contudo, o consumo de algas como alimento ainda é pequeno no Brasil. Ao passo que em países asiáticos como Japão, China e Coréia do Sul, as algas chegam a constituir 25% da dieta humana.

Nas comunidades de Rio do Fogo e Pedrinhas existem muitos bancos naturais de algas. A princípio, o extrativismo era feito a partir dos bancos naturais, com a finalidade de vender algas para extração do ágar-ágar, um dos seus principais componentes. O ágar-ágar é uma substância muito utilizada pela indústria farmacêutica e alimentícia. Além de não ser lucrativa para as maricultoras, devido à baixa remuneração obtida com a venda das algas, a atividade estava destruindo os bancos naturais e provocando um desequilíbrio ambiental. Diante disso, por intervenção da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação – FAO, as maricultoras do litoral nordestino passaram a cultivar algas em balsas.

Algas em sua mesa

Com o cultivo eficiente das algas, era preciso dar vazão à produção. E foi com essa finalidade que em 2008, a professora Ana Vládia e sua equipe assumiram o projeto “Algas em sua mesa”. Primeiro, foi realizada a caracterização química das algas submetidas ao processamento de secagem local e secagem em laboratório. A mestranda Camila Gonçalves Oliveira Chagas participa da pesquisa desde o início. Ela afirma que “o projeto trabalha várias vertentes: desenvolvimento da pesquisa científica, boas práticas de manipulação, educação nutricional, cuidados com o cultivo e desenvolvimento e aplicação de tecnologia social”.

Camila conta que a princípio teve muitos questionamentos por pesquisar algo tão distante do seu cotidiano. Mas o contato direto com as maricultoras foi fundamental para responder a uma série de questões e dar sentido às pesquisas. A equipe da UFV realiza visitas regulares às comunidades. A mestranda descreve: “Aqui em Minas, na nossa cultura alimentar, não consumimos algas. A gente sabe que se utiliza algum tipo em comida japonesa. Mas ao conhecer as comunidades, vimos que as respostas de laboratório tinham aplicação. Fazemos análise e pesquisa aplicada em interface com a comunidade e seus interesses”.

As pesquisadoras da UFV desenvolveram doze receitas e ofereceram oficinas nas comunidades para compartilhar a tecnologia. Agora, as maricultoras cultivam, colhem, processam essa alga e preparam os alimentos. Além de incrementar de forma nutritiva a dieta alimentar, as receitas à base de algas estão gerando renda para as comunidades que passaram a comercializar os produtos.

De acordo com a professora Ana Vládia é gratificante ver como as maricultoras estão se apropriando da tecnologia desenvolvida na universidade. Além disso, por ter uma ampla abordagem, o projeto vem aglutinando outras linhas de pesquisa como a parte de antioxidantes e produção de alimentos sem glúten, que é uma tendência de mercado e que já foi repassada às comunidades. “A história de cada uma daquelas mulheres é encantadora. É gratificante viver o ensino aplicado. É  possível vivenciar aulas, pesquisa e extensão, todas juntas” – conclui a pesquisadora da UFV.

Iniciado nos  municípios de Rio do Fogo (RN) e Itapipoca (CE), o projeto “Algas em sua mesa” já chegou a mais um estado. A experiência com algas alimentares foi levada para a comunidade de Pitiumbu, no estado da Paraíba, que já possui uma cooperativa estruturada com potencial para compartilhar os produtos desenvolvidos. A pesquisa da UFV integra uma iniciativa maior: o projeto “Desenvolvimento de Comunidades Costeiras (DCC)”, que é fruto de uma parceria entre o Ministério da Pesca e Aquicultura e a FAO, com o objetivo de capacitar pescadores e maricultores artesanais.

Neste link você encontra outras receitas à base de algas marinhas. Confira!

Workshop – One Health (01 a 03 de outubro de 2014 – Campus UFV, Viçosa)

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 02/set/2014 -

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Viçosa organiza entre os dias 1 e 3 de outubro o Workshop – One Health, no campus UFV, em Viçosa, MG. Esse workshop faz parte das atividades do projeto de cooperação internacional Saúde Unificada, iniciado em 2012 e que propõe parcerias acadêmicas com a University of Washington, Seattle, WA, EUA, e a Washington State University, Pullman, WA, EUA. Os Programas de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Ciência da Nutrição, Microbiologia Agrícola e Ciência e Tecnologia de Alimentos, assim como o Departamento de Enfermagem e Medicina, participam da organização do workshop.

Durante o evento, a Universidade receberá pesquisadores da University of Washington e da Washington State University, que apresentarão suas atividades de pesquisa relacionadas aos temas centrais do projeto de cooperação em Saúde Unificada, e com potencial de interação com pesquisadores da UFV. Ainda, pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação envolvidos inicialmente nesse projeto também apresentarão suas atividades de pesquisa, buscando interação com potenciais parcerias das instituições americanas. Assim, o objetivo principal do evento é consolidar a parceria acadêmica entre as instituições, e incentivar as interações entre pesquisadores e estudantes. O programa provisório do evento está disponível para download ao final dessa notícia.

As inscrições para o evento são gratuitas e limitadas a 100 vagas. Os interessados em participarem do workshop deverão preencher a ficha de inscrição disponível para download ao final dessa notícia e a encaminhar para o email onehealth@ufv.br até o dia 26 de setembro de 2014. O local exato do evento será divulgado em breve pela comissão organizadora.

Programação do Evento

Estudo avalia efeito de barreiras não tarifárias sobre o comércio internacional

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 25/ago/2014 -

por Elaine Nascimento

Uma série de medidas afetam as relações comerciais entre os países. Muitas delas atuam como barreiras que vão desde taxas cobradas sobre o valor do produto até medidas não tarifárias que visam proteger internamente os mercados. Essas medidas impactam diretamente os fluxos de produtos no comércio internacional. Desde 1998, o professor do Programa de Pós-graduação em Economia da UFV, Orlando Monteiro da Silva, acompanha a evolução das barreiras não tarifárias e analisa como essas medidas afetam a importação, a exportação e os preços dos produtos comercializados entre os países. Principalmente, analisa o efeito que medidas não tarifárias têm sobre as exportações brasileiras.

O pesquisador explica que com as negociações multilaterais, os países reduziram as tarifas cobradas sobre as importações, mas passaram a exigir padrões técnicos, tecnológicos, sanitários e fitossanitários mais rigorosos, aos diversos produtos importados – são as chamadas barreiras não tarifárias. “Muitas dessas medidas são benéficas porque ao colocar exigências técnicas e/ou sanitárias você cria um atributo adicional para o produto, dando tranquilidade ao consumidor”. O problema surge quando as medidas não tarifárias se tornam obstáculos ao comércio. Alguns países impõem condições para importação tão exageradas que acabam inibindo o comércio internacional. “Exigências são iguais a custo e se o custo de adequação às exigências for muito alto torna inviável a exportação. Alguns países usam essas exigências em excesso com o objetivo explícito de barrar as importações e proteger o mercado interno”.

De acordo com o professor Orlando, o Brasil, como grande produtor e exportador de produtos agrícolas, frequentemente se depara com exigências técnicas e sanitárias que dificultam suas exportações. “Alguns mercados são extremamente exigentes. Por exemplo, o Brasil não exporta carne bovina in natura para os Estados Unidos por não obedecer às condições sanitárias estabelecidas por esse país”.

O pesquisador avalia que no geral o Brasil tem um mercado interno desenvolvido e atende de maneira satisfatória aos padrões internacionais com relação às medidas sanitárias e fitossanitárias. Mas alerta: “Se o objetivo é manter e ampliar os mercados para os nossos produtos, temos que fazer uma avaliação constante das condições e exigências externas, com um corpo técnico treinado, e proteger nossas fronteiras da entrada de doenças e pragas que existem lá fora”. Ele destaca que o Brasil tem se preocupado com essa questão, inclusive, a primeira turma do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal, oferecido pela UFV, foi formada exclusivamente por profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O MAPA é um dos órgãos governamentais brasileiros responsáveis por elaborar os padrões sanitários e fitossanitários internos e acompanhar as exigências internacionais. O MAPA estabelece padrões relacionados à produção agrícola, enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cuida de questões relacionadas à sanidade humana e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é responsável por estabelecer normas técnicas.

Além da Economia, as pesquisas sobre o impacto de medidas não tarifárias sobre os fluxos de comércio internacional desenvolvidas na UFV envolvem outras áreas de interesse. O professor Orlando destaca a parceria com o Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal e os programas de pós-graduação em Administração e Economia Rural, que já formaram diversos profissionais nessa área. Apesar de o Brasil ser o foco principal, os estudos abrangem vários outros países. O universo pesquisado compreende os 160 membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), que correspondem a mais de 90% do comércio mundial.

Dados espaciais de Viçosa e Minas Gerais estão disponíveis em portais criados por pesquisadores da UFV

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 10/ago/2014 -

Com a massificação da internet, a todo o momento as pessoas buscam dados espaciais para diferentes finalidades, como planejar uma viagem, realizar uma pesquisa acadêmica, decidir sobre a compra de um imóvel ou quando o poder público e a iniciativa privada planejam ações e investimentos. Mas de nada adianta buscar essa informação se ela não estiver disponível para ser acessada facilmente. Uma equipe de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV, liderada pelo professor Jugurta Lisboa Filho, desenvolve pesquisas visando disponibilizar dados espaciais para usuários.

Utilizando Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE), os pesquisadores criam portais onde disponibilizam de forma organizada informações geográficas existentes. Os portais fornecem mecanismos para busca, acesso, colaboração e visualização online dos dados. A equipe criou geoportais para o município de Viçosa e o estado de Minas Gerais com acesso livre, onde podem ser consultados mapas interativos e imagens de satélite, com dados sobre área, perímetro, uso do solo, relevo, hidrografia e várias outras informações geográficas.

De acordo com o professor Jugurta, a sua equipe não produz dados nem faz análise deles. “Os dados existem e estão espalhados. Nós buscamos criar estruturas que reúnam esses dados, de forma que quem tem o dado possa disponibilizá-lo e quem precisa dele possa acessá-lo facilmente por meio da tecnologia”. O pesquisador destaca que “hoje todo mundo se baseia em algum dado espacial a todo tempo, utilizando, por exemplo, o Google Maps. A ferramenta pode fornecer um trajeto entre duas cidades, que vai ser o caminho mais curto, não necessariamente o melhor. O Google fornece alguns dados, mas ele é uma empresa privada e não tem a obrigação de fornecer dados completos e corretos. Com um dado de baixa qualidade, você acaba expondo as pessoas a riscos. O mais interessante é que o Estado forneça os dados. Existem órgãos governamentais que produzem dados espaciais com qualidade, mas se eles não estiverem organizados, tendem a se perder”.

O município de Viçosa e o estado de Minas Gerais já dispõem de dados espaciais de qualidade que podem ser acessados facilmente pela população. Tanto em uma iniciativa como na outra, todo o conteúdo disponível segue o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB), que é o formato padrão de documentação para todo dado geográfico ligado ao território nacional. O Perfil MGB foi estabelecido em 2010 pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). O professor Jugurta explica que a padronização evita perda de tempo e de dinheiro. Produzir dados espaciais requer altos investimentos. Antes do Perfil MGB ser estabelecido, ocorria duplicidade de informações produzidas. Investia-se duas vezes para produzir o mesmo dado, pois um órgão não sabia da existência do dado produzido por outro.

Para Minas Gerais, os pesquisadores da UFV criaram uma IDE tendo como base o Projeto GeoMINAS, uma iniciativa pioneira que, em 1995, disponibilizou dados geoespaciais em um site. Desde o seu lançamento o site não recebeu atualizações e foi retirado do ar em 2011. No mesmo ano,  durante a disciplina de Bancos de Dados Espaciais ministrada pelo professor Jugurta, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação resgataram os dados originais do Projeto GeoMINAS, elaboraram os metadados de acordo com o Perfil MGB e disponibilizaram na IDEGeoMINAS. No portal também foram incluídas novas informações, como dados do último Censo, imagens de satélites e tipos de solos.

Para Viçosa, em parceria com a empresa Iplanus Engenharia e Sistemas e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), a equipe do professor Jugurta criou o GeoPortal Viçosa, que reúne e compartilha informações geográficas existentes sobre o município. No portal podem ser acessados facilmente dados sobre ruas, edificações, rios, distribuição populacional, condições de vida, emprego e renda, creches, áreas verdes, áreas de preservação, clima, qualidade da água, solo e várias outras informações.

Atualmente, os pesquisadores da UFV desenvolvem um projeto aprovado pela Fapemig e pela Cemig, que visa criar o GeoPortal Cemig, através da implantação de uma IDE. O GeoPortal vai manter e organizar fluxos de dados espaciais que a Cemig possui, permitindo que setores da própria concessionária de energia elétrica e empresas parceiras consultem, manipulem e compartilhem informações geográficas visando aperfeiçoar suas ações.

Equipe do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV desenvolve pesquisas visando disponibilizar dados espaciais para usuários.

Pesquisadoras da UFV propõem método rápido e preciso para avaliação sensorial de alimentos

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 01/ago/2014 -

por Elaine Nascimento

Para que um produto alimentício chegue até a mesa do consumidor, ele passa por várias etapas de desenvolvimento. Isso exige das indústrias  métodos que assegurem  qualidade e controle desse processo. A análise sensorial de alimentos é uma ferramenta determinante para avaliar as características de um produto. Tendo em vista a importância  dessa ferramenta e a necessidade de se encontrar métodos que reduzam o tempo de teste sensorial, a professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFV, Valéria Paula Rodrigues Minim, e a pós-doutoranda Rita de Cássia Navarro Silva desenvolveram o Perfil Descritivo Otimizado (PDO), uma metodologia rápida e precisa, que possibilita identificar e quantificar a intensidade dos atributos de aparência, aroma, sabor e textura dos alimentos.

Determinar os atributos sensoriais é fundamental para desenvolver novos produtos, aperfeiçoar formulações, comparar produtos concorrentes e manter o controle de qualidade dos alimentos. A análise sensorial é feita por uma equipe de julgadores treinada especificamente para fazer essa avaliação. E é na etapa de treinamento da equipe sensorial que a metodologia desenvolvida na UFV apresenta uma inovação em relação ao método de avaliação convencional (Análise Descritiva Quantitativa).

No PDO, o tempo de treinamento é curto, um ou dois dias. Enquanto que no método convencional, o treinamento pode durar até três meses. De acordo com a professora Valéria Minim, “no contexto prático da indústria, o treinamento dos julgadores consiste em uma etapa crítica para obtenção de perfis sensoriais. A indústria tem necessidade de maior rapidez e com o PDO a redução no tempo é de 50%  em relação à metodologia convencional”.

No método de avaliação convencional é necessário de 10 a 12 julgadores. Já no PDO, o número ideal de julgadores é 16. Mas mesmo aumentando quatro integrantes na equipe, comparando os dois métodos, o PDO se mostra economicamente viável devido à grande redução no tempo de treinamento.

O registro de autoria do PDO na Biblioteca Nacional foi feito em 2011. A metodologia é fruto de pesquisas desenvolvidas ao longo de mais de seis anos. No PDO, no momento da avaliação dos alimentos, o julgador consulta referências de fraco e forte que ancoram os extremos da escala utilizada para avaliar (escala não estruturada de 9 cm). Por exemplo, para avaliar quatro iogurtes de marcas diferentes, o julgador pode comparar um com o outro e pode consultar as referências dentro da cabine onde é feita a avaliação, para depois atribuir a nota. Além disso, é utilizado o protocolo de avaliação atributo por atributo.

Já no método convencional, durante a avaliação o julgador não consulta referências. A nota que ele atribui é de acordo com o que ele memorizou durante o treinamento. A pós-doutoranda Rita de Cássia explica que no PDO a forma de avaliar foi modificada, dando condição ao julgador de saber no momento da avaliação as referências, dispensando assim, o longo tempo de treinamento. A professora Valéria destaca que a proposta é reduzir o tempo de treinamento, mas com controle apurado de intensidade. E o PDO apresenta qualidade de resultados.

O PDO pode ser utilizado para avaliar qualquer produto. Durante o seu desenvolvimento foram avaliados requeijão, suco, iogurte e chocolate. Para validação da metodologia, além da UFV, os estudos foram feitos em laboratórios da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Todos revelaram resultados semelhantes, confirmando o PDO como uma metodologia rápida, exata e precisa.

No Perfil Descritivo Otimizado (PDO), durante a avaliação sensorial, o julgador recebe na cabine, referências que vão auxiliá-lo a dar nota para cada atributo.

Uso de probióticos pode ser uma nova forma de tratamento para doença celíaca

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 22/jul/2014 -

por Elaine Nascimento

No artigo “Intestinal Microbiota and Probiotics in Celiac Disease”, publicado na última edição da revista da Sociedade Americana de Microbiologia, Clinical Microbiology Reviews, Fator de Impacto 17, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição da UFV discutem o uso de probióticos como novo tratamento para doença celíaca.

De acordo com o estudo realizado pelos pós-graduandos, Luís Fernando de Sousa Moraes e Tatiana Fiche de Sales Teixeira, com orientação da professora Maria do Carmo Gouveia Peluzio e participação do professor visitante da  Universidade de Turku, na Finlândia, Lukasz Marcin Grzeskowiak, existe a hipótese de que a microbiota intestinal alterada esteja de alguma forma envolvida na evolução da doença celíaca. Assim, os probióticos surgem como um adjuvante interessante no controle dietético da doença. Vale destacar que a microbiota intestinal é popularmente conhecida como flora intestinal.

A doença celíaca é uma patologia autoimune que afeta o intestino delgado de pessoas geneticamente predispostas. A doença é provocada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, uma substância composta de proteínas, encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. Indivíduos portadores da doença sofrem atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado, o que dificulta a absorção pelo organismo de nutrientes como vitaminas, sais minerais e água.

Até o momento, aos portadores da doença só resta retirar alimentos que contêm glúten do seu cardápio. Contudo, agora, surge uma nova possibilidade de tratamento para essas pessoas: o uso de probióticos. Probióticos são microrganismos vivos tais como bactérias ou leveduras. Eles podem ser encontrados em alimentos industrializados presentes no mercado, como leites fermentados e iogurtes, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. Os probióticos conferem benefícios à saúde, auxiliando no equilíbrio da microbiota intestinal.

Dentre os benefícios dos probióticos estão o controle de colesterol e de diarreias e a redução do risco de câncer. No que se refere especificamente à doença celíaca, os probióticos podem auxiliar no tratamento, pois a doença pode provocar alteração na microbiota e aumento da permeabilidade intestinal.

No artigo publicado na Clinical Microbiology Reviews, os autores discutem as características da microbiota intestinal de indivíduos portadores da doença celíaca. Consta no artigo, revisão de pesquisas onde foram demonstrados que os níveis de algumas bactérias benéficas são reduzidos em pacientes com doença celíaca. Comparações feitas entre crianças com a doença e crianças saudáveis demonstraram que a microbiota intestinal delas são diferentes. As portadoras de doença celíaca têm menos lactobacilos e bifidobactérias. Também foram identificados probióticos específicos digerindo ou alterando polipeptídeos de glúten. Assim, por serem ricos em bactérias, alimentos probióticos podem beneficiar a saúde dos portadores da doença celíaca.

No entanto, ainda não existe consenso sobre as mudanças na composição da microbiota intestinal dos pacientes portadores da doença, principalmente em nível de espécie. Os autores indicam a necessidade de estudos futuros que contribuam para a concepção comum de orientações e diretrizes para o tratamento da doença celíaca e para avançar o conhecimento sobre a importância da microbiota na prevenção da doença.

Equipe do Laboratório de Bioquímica Nutricional da UFV,  coordenada pela professora Maria do Carmo Gouveia Peluzio, e o professor visitante da Universidade de Turku, na Finlândia, Lukasz Marcin Grzeskowiak.

Escolha de projetos BIC-Jr. 2014

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 15/jul/2014 -

Saiba mais informações sobre os Projetos disponíveis para escolha dos alunos BIC-Jr. 2014 clicando sobre o título de cada um:

 

ÁREA/TÍTULO PROJETO/ORIENTADOR/DEPARTAMENTO

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

TÍTULO: Monitoramento do crescimento em altura e diâmetro do plantio para neutralização das atividades da semana do fazendeiro da UFV de 2010 a 2014

ORIENTADOR: Laércio Antônio Gonçalves Jacovine      Bolsistas solicitados: 2 (preferência por alunos ESEDRAT)

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Engenharia Florestal

TÍTULO: Apoio ao Laboratório de Hidrologia Florestal e manejo Integrado de Bacias Hidrográficas

ORIENTADOR: Herly Carlos Teixeira Dias         Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE:Departamento de Engenharia Florestal

TÍTULO: Peletização de sementes de sorgo para otimizar sistemas de plantio.

ORIENTADOR: Leonardo Duarte Pimentel        Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE:Departamento de Fitotecnia

TÍTULO: Variabilidade genética de Pseudocercospora ulei, o fungo causador do Mal-das-Folhas da Seringueira.

ORIENTADOR: Eduardo Seiti Gomide Mizubuti        Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE:Departamento de Fitopatologia

TÍTULO: Há preferência da bactéria Ralstonia solanacearum por hospedeiro?

ORIENTADOR: Eduardo Seiti Gomide Mizubuti        Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE:Departamento de Fitopatologia

TÍTULO: Aspectos bioquímicos, moleculares e patogênicos da interação entre Xanthomonas campestris pv. Campestris e seus hospedeiros.

ORIENTADOR: José Rogério de Oliveira        Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE:Departamento de Fitopatologia

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

TÍTULO: Inclusão e aceitação de alimentos da agricultura familiar na alimentação escolar em uma instituição pública de ensino em Viçosa – MG.

ORIENTADORA: Silvia Eloíza Priore         Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Nutrição e Saúde

TÍTULO: Hábitos alimentares e estilo de vida de adolescentes de um colégio de aplicação, nos últimos cinco anos.

ORIENTADORA: Silvia Eloíza Priore         Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Nutrição e Saúde

TÍTULO: Avaliação da composição química de alimentos biofortificados.

ORIENTADORA: Hércia Stampini Duarte Martino         Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Nutrição e Saúde

TÍTULO: Propagação simbiótica de orquídeas de Floresta Atlântica.

ORIENTADORA: Maria Catarina Megumi Kasuya         Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Identificação de compostos de Lítio e Selênio em Basidiomicetos

ORIENTADORA: Maria Catarina Megumi Kasuya           Bolsistas solicitado: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Associações micorrízicas e bactérias diazotróficas na produção de mudas e crescimento e desenvolvimento de plantas nativas.

ORIENTADORA: Maria Catarina Megumi Kasuya           Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Isolamento, caracterização e bioprospecção de bactérias, fungos e vírus pertencentes a solos de ecossistemas de pastagens e áreas de florestas da bacia do rio Mutum paraná – Rondônia

ORIENTADORA: Cynthia Canedo da Silva             Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Qual a importância e como são produzidos as secreções vegetais?: contextualizando o ensino de botânica.

ORIENTADOR: Renata Maria Strozi Alves Meira           Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Biologia Vegetal

TÍTULO: Aprendendo anatomia vegetal: treinamento de técnicas de produção de laminário como forma de incentivo ao estudo.

ORIENTADOR: Luzimar Campos da Silva             Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Biologia Vegetal

TÍTULO: Entendendo o efeito do herbicida Clyphosate na estrutura anatômica da folha.

ORIENTADOR: Luzimar Campos da Silva           Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Biologia Vegetal

TÍTULO: Caracterização anatômica e sítios de acúmulo de alumínio em órgãos vegetativos de espécies nativas do Cerrado

Número de bolsas: 1

ORIENTADOR:Aristéa Alves Azevedo            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Biologia Vegetal

TÍTULO: Mecanismo de ação e aplicação de bovicina HC5 para manipulação da fermentação ruminal in vitro

ORIENTADOR: Hilário Cuquetto Mantovani             Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Análise histológica, morfométrica e microbiológica do desenvolvimento ruminal de bezerros nos períodos pré e pós-desmame

ORIENTADOR: Hilário Cuquetto Mantovani            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Microbiologia

TÍTULO: Métodos naturais de controle de pragas

ORIENTADOR: Marcelo Coutinho Picanço             Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Entomologia

CIÊNCIAS EXATAS

TÍTULO: Construindo um Blog Químico.

ORIENTADOR: Regina Simplício Carvalho             Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Química

TÍTULO: Compostos de coordenação de Cobre (II) e Zinco (II) derivados de pironas

ORIENTADOR:José Roberto da Silveira Maia            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Química

CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

TÍTULO: Mapeamento do campo religioso de Viçosa.

ORIENTADOR: Raquel dos Santos Sousa Lima            Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Colégio de Aplicação da UFV – COLUNI

TÍTULO: História e Patrimônio: o Trabalho com fontes sobre o Brasil Colonial e o Mundo Ibérico na Modernidade

ORIENTADOR:Angelo Adriano Faria de Assis             Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Colégio de Aplicação da UFV – COLUNI

TÍTULO: Olhar o monstro de perto: fontes inquisitoriais sobre o Mundo luso-brasílico (séculos XVI – XIX)

ORIENTADOR:Angelo Adriano Faria de Assis           Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Colégio de Aplicação da UFV – COLUNI

TÍTULO: A influência dos sinais de pontuação na construção de sentido das produções textuais de alunos do Ensino Médio.

ORIENTADOR:Anita Maria Ferreira da Silva             Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Colégio de Aplicação da UFV – COLUNI

TÍTULO: Novas tecnologias e gêneros digitais no Ensino Médio.

ORIENTADORA:Adriana da Silva           Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

TÍTULO: O uso de tecnologias digitais como apoio para atividades de leitura e produção de textos no Ensino Superior.

ORIENTADORA: Adriana da Silva            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

TÍTULO: Literatura e ficção científica: representações do Cyborg.

ORIENTADOR:Gerson Luiz Roani            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

TÍTULO: Implicações das condições de saneamento básico sobre o desempenho socioeconômico dos municípios mineiros.

ORIENTADOR:Luiz Antonio Abrantes            Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Administração

TÍTULO: Investigando a produção da escrita situada no contexto escolar do Ensino Médio.

ORIENTADOR:Maria Carmen Aires Gomes           Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

TÍTULO: Marcadores de opinião, certeza e incerteza em textos argumentativos: o corpus em sala de aula

ORIENTADOR:Luciana Beatriz Bastos Ávila          Bolsistas solicitados: 2

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

TÍTULO: Crenças de alunos sobre o ensino e aprendizagem

ORIENTADOR:Hilda Simone Henriques Coelho           Bolsista solicitado: 1

DEPARTAMENTO/UNIDADE: Departamento de Letras

Contemplados Editais FUNARPEX e FUNARPEQ 2014

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 14/jul/2014 -

CONTEMPLADOS FUNARPEX e FUNARPEQ – 2014-2015