Arquivo da Categoria "Notícias"

Inscrições abertas para processos seletivos de mestrado e doutorado

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 24/ago/2015 -

Estão abertas inscrições para processos seletivos de novas turmas de mestrado e doutorado da Universidade.

Os interessados devem ficar atentos aos seguintes prazos:

Administração (Mestrado): inscrições até 20 de setembro
Biologia Celular e Estrutural (Mestrado e Doutorado): inscrições até 30 de outubro
Bioquímica Aplicada (Mestrado e Doutorado): inscrições até 31 de agosto
Ciência Florestal (Mestrado e Doutorado): inscrições até 15 de setembro
Economia Doméstica (Mestrado e Doutorado): inscrições até 15 de setembro
Educação (Mestrado): inscrições até 24 de agosto
Engenharia Civil (Mestrado e Doutorado): inscrições até 9 de outubro
Extensão Rural (Mestrado e Doutorado): inscrições até 15 de outubro
Fisiologia Vegetal (Mestrado e Doutorado): inscrições até 30 de setembro
Medicina Veterinária (Mestrado e Doutorado): inscrições até 15 de setembro
Patrimônio Cultural Paisagens e Cidadania (Mestrado): inscrições até 25 de setembro

Os modelos dos documentos necessários para as inscrições estão disponíveis no site da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

 

(Divisão de Jornalismo)

Pró-reitoria informa sobre atualização do sistema Plataforma Brasil versão 3.0

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 24/ago/2015 -

A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação informa que, de acordo com a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, o sistema Plataforma Brasil foi atualizado no dia 17 de agosto e, durante a etapa inicial dessa transição, devido à grande quantidade de dados manipulados, é comum ocorrerem erros.

Até agora, foram detectados e já estão sendo analisados os seguintes problemas:

  • Pareceres de projetos (relator, colegiado, consubstanciado) não estão sendo exibidos
  • Dificuldade na localização dos documentos dos projetos de pesquisa (árvore de arquivos)
  • Problemas para efetuar a inclusão de documentos (erro interno)
  • Problemas para efetuar a submissão de emendas (erro interno)
  • Instabilidade e perda de conexão com o Plataforma Brasil
  • Informações do comprovante de envio do projeto sem correta formatação

A Comissão solicita que os demais erros detectados sejam enviados para o e-mail plataformabrasil@saude.gov.br, juntamente com a respectiva tela, nº CAAE, nome do pesquisador responsável e título do projeto de pesquisa.

Vale destacar que os manuais e o tutorial da versão 3.0 da Plataforma Brasil estão disponíveis emwww.saude.gov.br/plataformabrasil.

Tecnologia desenvolvida por ex-aluno da UFV é vendida para empresa suíça de medicamentos

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 21/ago/2015 -

Um exemplo de empreendedorismo que deu certo e cuja raiz está na UFV veio com a notícia, divulgada em agosto, do ex-aluno de graduação em Ciência e Tecnologia de Laticínios e mestrado em Microbiologia Agrícola Leonardo Maestri Teixeira. Ele está comemorando a venda da empresa GeneWEAVE, da qual é um dos sócios, pelo laboratório Roche por R$ 1,5 bilhão. Criada durante doutorado realizado no Departamento de Microbiologia da Universidade de Cornell (Estados Unidos), a empresa desenvolveu uma tecnologia oferecida em um kit rápido de diagnóstico bacteriano e de susceptibilidade antimicrobiana para ser usado em hospitais.

Segundo Leonardo, a história começou em seu segundo ano de doutorado, em 2007, quando ele e o colega Diego Rey decidiram que queriam montar uma empresa. Sem saber de que ela seria, resolveram cursar uma disciplina de empreendedorismo para engenheiros e cientistas. Nessa disciplina, era preciso trabalhar um plano de negócios conceitual em cima de uma ideia. Eles escolheram buscar uma solução para tuberculose, mais especificamente para a erradicação dela, focando no diagnóstico. Foi daí que surgiu o conceito da tecnologia, posteriormente patenteada e aprovada em um projeto para o desenvolvimento da prova de conceito da ideia que tiveram.

Leonardo conta que, com os recursos captados de projetos e de premiações em competições de planos de negócios, eles conseguiram ter um pós-doc tempo integral e um mestre, Thiago Santos também ex-aluno da UFV, “um pesquisador nato”, que os ajudou muito. Com o crescimento das atividades, foi preciso contratar uma pessoa, Jason Springs, da área de negócios, que, devido ao seu empenho e dedicação, acabou virando sócio do empreendimento. Para conseguirem capital semente, os três resolveram mudar o foco do que vinham fazendo. Ao invés do diagnóstico da tuberculose, passaram a trabalhar um kit para diagnóstico de infecção hospitalar, já que este era um problema dos Estados Unidos, o que facilitaria a captação de recursos.

Desde 2014, a GeneWEAVE tem equipamentos em teste em alguns hospitais norte-americanos, e começou a apresentar seus resultados em feiras setoriais com o objetivo de divulgar o produto e a empresa para uma possível venda, que ocorreu no dia 13 de agosto.

Orgulho
Para Leonardo, a compra da GeneWEAVE pela Roche traz um “grande orgulho, por saber que um sonho, que iniciaram em 2007, alcançou este patamar. Sem palavras para descrever”. Entretanto, ele lembra que a aquisição não é o fim, já que teve um aporte inicial de apenas 40% do valor, ficando o restante dependendo dos resultados e metas acertadas. “Ou seja, apenas começou”, afirma Leonardo. Ele diz que mais do que a venda, o grande objetivo dos sócios é ver o produto em todos os hospitais, salvando milhares de vidas por ano, já que esta foi a proposta inicial. “Sem falsa modéstia, estamos muito felizes e orgulhosos com a conquista de mais esta etapa, já que agora toda a equipe da GeneWEAVE poderá focar no objetivo final, e não viver a realidade de toda startup como a nossa, que, no dia seguinte após captar recurso, já começa a se preocupar com o novo investimento que será necessário para a sua sobrevivência. Sem contar com o know-how da Roche, que se torna imediatamente acessível para a GeneWEAVE”.

Leonardo ressalta que não ficou bilionário, como alguns podem pensar. E explica: “sofri uma grande diluição durante os investimentos, o que é normal em uma empresa que recebe recursos de capital de risco. Esses investidores ficam com a maior parte do retorno da venda. Isto é mais que justo, já que o risco de capital é todo deles”. Segundo ele, empresas de base tecnológica normalmente têm o objetivo de serem vendidas ou de fazerem uma oferta pública de ações (IPO). Por isso, a venda não foi uma surpresa. Entretanto, o valor e a data sim. “Por estar no Brasil, e por questões de sigilo, só fiquei sabendo depois de finalizada. Meus sócios ficaram felizes, mas estavam exaustos quando o negócio realmente foi finalizado, pois a negociação foi bastante longa e estressante”.

Após doutorado
Leonardo Maestri Teixeira terminou seu doutorado em Cornell em 2009 e, desde 2012, é diretor-presidente do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), que funciona em Sergipe e é considerado uma referência nas áreas de atuação (Biotecnologia Industrial, Engenharia, Saúde e Meio Ambiente) com mais de 60 pesquisadores doutores, muitos com bolsa de produtividade em pesquisa. O ex-aluno da UFV conta que o principal associado do Instituto, o Grupo Tiradentes, é reconhecido por sua exigência e que sempre busca soluções inovadoras nas suas iniciativas.

“Tenho certeza, que minha seleção e permanência na presidência do Instituto, nestes três anos, só foram possíveis graças às conquistas que vêm sendo obtidas com toda a equipe do Instituto. Reforço este ponto, pois um grande aprendizado que tive, tanto nos projetos interdisciplinares em que participei, quanto na experiência com a GeneWEAVE, é que, sem uma equipe, seu fator de multiplicação e de obtenção de resultados serão sempre determinados pelos seus pontos fracos. Além disso, outro resultado que poderá ser revertido para o Brasil serão todas as vidas salvas quando a Roche iniciar a comercialização da tecnologia da GeneWEAVE no país”. 

(Adriana Passos)

Pesquisas confirmam tradição do uso da planta Quina do Mato como medicamento

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 21/ago/2015 -

Por milhares de anos, as plantas eram a única fonte de remédios para a humanidade. Chás e emplastros de ervas, raízes e flores já salvaram a vida de muita gente. A grande parte do conhecimento sobre eles, no entanto, ficou perdida com o desenvolvimento da síntese química e de outros caminhos para a obtenção dos medicamentos vendidos em farmácias. O professor João Paulo Leite, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV, é um especialista no resgate das tradições do conhecimento de raizeiros, rezadeiras, curandeiros e de quem mais conhecer os mistérios dos remédios disponíveis em hortas e florestas. Um desses remédios vem da Quina do Mato, uma planta resgatada do conhecimento popular da Zona da Mata Mineira, que pode ser uma grande promessa para o tratamento de males do fígado, do pulmão e até para câncer de cólon.

A identificação da casca da Quina como remédio começou com um trabalho de etnobotânica do professor João Paulo com comunidades do entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG). O objetivo era conhecer os hábitos dos mais velhos no uso de plantas medicinais. A Quina chamou a atenção por ser muito utilizada em vários locais para tratar problemas digestivos e cicatrizar feridas difíceis.

As cascas e folhas da árvore apresentadas pelos raizeiros foram encaminhadas para um estudo botânico que identificou que a Quina do Mato era o nome popular da espécie Bathysa cuspidata, uma árvore nativa do Brasil. Depois, foram feitos testes para analisar se a planta era tóxica e conhecer os seus principais componentes químicos. “Os resultados mostravam que estávamos diante de mais um remédio popular sem nenhuma comprovação científica, mas com boas perspectivas de validação. Os compostos identificados nos animaram a conduzir testes biológicos para avaliar se aBathysa cuspidata poderia mesmo agir em problemas digestivos e de pele”, conta o professor João Paulo.

Mais pesquisas
Foi nesta fase que entrou na história a pesquisadora Reggiani Vilela Gonçalves que, na época, fazia doutorado na UFV, sob a orientação do professor Sérgio da Matta, e que hoje é professora do Departamento de Biologia Animal. Para sua tese, ela analisou os efeitos da Quina no fígado de ratos lesados, após ingestão de agentes químicos. O resultado foi surpreendente. “Primeiro nós induzimos nos ratos a esteatose, que é a lesão hepática mais comum, causada pelo excesso de ingestão de bebidas alcoólicas e de alimentos gordurosos. Em seguida, estabelecemos um protocolo com doses variadas, diluímos o extrato da casca da Quina e administramos nos animais. Nós verificamos que a substância não apenas curou a doença no início como evitou a piora em fases mais avançadas, impedindo que o fígado apresentasse fibrose e necrose quando já não é mais possível a regeneração do órgão”, explica a professora. A Quina também mostrou ótimos resultados ao conter o avanço da doença que leva à falência da função hepática. “No teste de dosagens, verificamos que quanto maior a dose, melhores as respostas do tratamento”, conta a pesquisadora.

Com os resultados animadores, os pesquisadores da equipe da professora Reggiani iniciaram os testes com a Quina em pulmões afetados pelo excesso de contato com o Paraquat, um herbicida altamente tóxico, que provoca danos no tecido pulmonar semelhantes aos do cigarro ou outras substâncias tóxicas. Novamente, a Quina produziu o efeito de tratar a primeira fase da doença e evitar a degeneração do órgão. Reggiani explica que “a planta repara morfologicamente o tecido evitando que o pulmão perca a capacidade de realizar trocas gasosas e comprometa a respiração”. Na terceira etapa, os testes foram feitos tratando câncer no cólon intestinal. Os resultados foram semelhantes.

As pesquisas vêm sendo conduzidas há três anos no laboratório de Patologia Experimental, do Departamento de Biologia Animal, e no laboratório de Biodiversidade, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV. Recentemente, a Quina obtida na casca da árvore, também apresentou resultados muito positivos no tratamento de feridas de pele de difícil cicatrização, como as que são comuns em diabéticos, comprovando, mais uma vez, a indicação fornecida pela medicina popular.

Os testes que evidenciam a eficiência da Quina como remédio, as dosagens e formas de administração em cobaias embasaram o pedido de patente do uso farmacológico da Bathysa cuspidata. Segundo a professora Reggiani, o próximo passo é testar o extrato padronizado da planta em humanos por meio de testes clínicos: “isso deve ser feito por empresas interessadas em comercializar o medicamento fitoterápico. Nossa parte é fazer os modelos experimentais e dar embasamento científico ao conhecimento popular”.

(Léa Medeiros)

 

 

  A equipe de pesquisadores, liderada pelos professores João Paulo e Reggiani Gonçalves (na foto, sentados à direita)

A equipe de pesquisadores, liderada pelos professores João Paulo e Reggiani Gonçalves (na foto, sentados à direita)

 O uso da planta como remédio foi resgatado do conhecimento popular da Zona da Mata Mineira

O uso da planta como remédio foi resgatado do conhecimento popular da Zona da Mata Mineira

Inscrições abertas para a cerimônia de titulação da pós-graduação – Novembro de 2015

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 07/ago/2015 -

Para se inscrever acesse aqui

Coleções do herbário da UFV estão em plataformas internacionais sobre biodiversidade

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 20/jul/2015 -

O Herbário VIC da UFV passou a integrar, desde junho, o Global Biodiversity Information Facility(GBIF), um dos maiores bancos de dados do mundo sobre biodiversidade. Foram disponibilizadas informações e fotos de cerca de 17.500 registros de angiospermas, provenientes de diferentes ecossistemas e biomas do Brasil, até então disponíveis apenas em papel no Herbário da UFV.

Os dados sobre o Brasil que estão no GBIF são de cerca de 100 herbários brasileiros, entre eles o VIC.

Segundo a professora Flávia Cristina Garcia, integrante da Comissão Curadora do Herbário da UFV, a inclusão na plataforma GBIF confere visibilidade mundial às coleções de plantas e fungos do VIC. Ela foi possível porque, desde o ano passado, o herbário integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Herbário Virtual da Flora e Fungos, que alimenta a  rede  SpeciesLink e a plataforma do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr),  o maior banco de dados sobre a biodiversidade  brasileira.  

Para disponibilizar os dados do VIC nas plataformas brasileira e internacional foi preciso um árduo trabalho de digitalização das coleções. Até o ano passado, para pesquisá-las, os usuários tinham que vir a Viçosa ou pedir as exsicatas, comprometendo a segurança das coleções. A informatização começou graças a um projeto financiado pela Fapemig, em 2010, mas apenas 40% da coleção foi digitalizada até o momento. “Com o projeto, foi possível digitalizar sete mil espécimes iniciais, o restante tem sido informatizado com o apoio do Departamento de Biologia Vegetal, mas há um longo trabalho ainda a ser feito”, diz a professora Flávia. Ela conta que, atualmente, há somente uma funcionária realizando o trabalho de fotografar as exsicatas e cadastrar os dados das coleções. “A função exige mão de obra especializada. Com apenas uma funcionária conseguimos cadastrar, no máximo, 500 espécimes a cada mês e a coleção não para de crescer com as pesquisas em andamento”.

Herbário VIC
O VIC é o terceiro maior herbário do estado de Minas e possui mais de 50 mil espécimes registrados, incluindo um acervo raro com cerca de 10 mil fungos e uma coleção histórica de tipos, com mais de 100 espécies de plantas.

A professora Flávia explica que ele foi criado, em 1930, pela famosa botânica americo-mexicanaYnes Enriquetta Julietta Mexia (1870-1938), que fez expedições de coleta de plantas na América do Sul, nas décadas de 1920 e 1930, e visitou a UFV nos primeiros anos de sua fundação. A coleção, que começou com plantas da região, foi crescendo até atingir o acervo atual que não para de crescer para atender às pesquisas realizadas por vários departamentos da Universidade.

O acervo está acondicionado em armários apropriados para exsicatasque são amostras das plantas secas e prensadas, costuradas em cartolina, com etiqueta contendo informações sobre o vegetal e o local de coleta, para fins de estudos em botânica e diversas outras áreas do conhecimento.

As coleções documentam o conhecimento sobre fungos e plantas brasileiras e são referências para pesquisas que utilizam os vegetais, por exemplo, para a confirmação da origem de fitoquímicos usados no tratamento de doenças.

(Léa Medeiros)

A professora Flávia Garcia com uma das exsicatas do Herbário VIC

A professora Flávia Garcia com uma das exsicatas do Herbário VIC

Governo garante manutenção do financiamento da pesquisa e da pós-graduação

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 20/jul/2015 -

 

O anúncio de um possível corte de 75% nas verbas para pesquisa e pós-graduação, divulgado no início do mês de julho pela imprensa nacional, foi rebatido pelo Ministério da Educação que publicou, em seu site ​a seguinte nota oficial: “A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assegura o repasse de 1,65 bilhões de reais para os seus programas de pós-graduação (Proex, Prosup, Reuni e Proap). O montante é equivalente a 90% do valor previsto para 2015. O Ministério da Educação e a Capes enfatizam o compromisso com a pós-graduação e a pesquisa científica. Ressaltamos ainda que nenhuma bolsa de estudo será interrompida.”

​Segundo a reitora da UFV, Nilda de Fátima Soares, a ​ UFV já recebeu a primeira parte das verbas do ano para pesquisa e pós-graduação de acordo com o que era esperado. “Os recursos para pesquisa são administrados pelos programas de pós-graduação que irão definir as prioridades para que as pesquisas sejam mantidas”. Ainda segundo a reitora, as notícias divulgadas pelo Governo Federal garantindo o compromisso com a pesquisa, com a pós-graduação com a manutenção das bolsas​ de estudo tranqüiliza a administração das Universidades.​

Candidatos selecionados para cursar disciplinas como estudante não vinculado no II/2015

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 10/jul/2015 -

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação divulga a relação dos candidatos aprovados para cursarem, como estudantes não vinculados, disciplinas de pós-graduação no II/2015 e dá orientações para efetivação da matrícula.

 

Acesse aqui

Pesquisadores criam biofábrica de inimigos naturais para combate de pragas em morangueiros

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 06/jul/2015 -

O cultivo de morangos é uma atividade agrícola importante para Minas Gerais, sobretudo porque movimenta a agricultura familiar em polos de produção espalhados nas várias regiões do estado. Mas os morangos também são conhecidos como um dos vilões do uso abusivo de agrotóxicos. Sensíveis às pragas e doenças, os frutos recebem várias aplicações de defensivos químicos para chegarem vermelhos e robustos à mesa do consumidor. Na era da alimentação saudável, produtores e consumidores estão em busca de alimentos livres de agroquímicos. O trabalho de uma equipe de pesquisadores da UFV pode oferecer alternativas agroecológicas de combate às principais pragas de morangos em cultivos comerciais.

O controle biológico de pragas é uma das linhas de pesquisa mais importantes do Departamento de Entomologia da UFV. Ele consiste em utilizar inimigos naturais, que podem ser predadores ou parasitas, para combater as pragas que causam danos ao cultivo de qualquer cultura agrícola. O Departamento já tem muito conhecimento e prestígio científico nesta área, mas a maioria está em teses e dissertações que não chegam ao dia a dia das propriedades rurais. Agora, três pesquisadores do Laboratório de Acarologia da UFV criaram uma empresa de base tecnológica especializada em controle biológico, cuja missão é resolver problemas dos agricultores que demandem pesquisas e soluções para o manejo de pragas.

A Biofábrica de Inimigos Naturais está sendo chamada de Econtrole e está em fase de pré-incubação na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (IEBT), do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev) – UFV. A empresa conta com o apoio institucional do Departamento de Entomologia porque o negócio envolve um processo contínuo de pesquisas para monitoramento e controle de pragas que podem ser diferentes para cada produtor ou região. Para começar, os três sócios, que fazem pós-doutorado na UFV, elegeram o cultivo de morangos atacados por dois tipos de ácaros: o rajado (Tetranychus urticae) e do enfezamento (Phytonemus pallidus). “Estas pragas também atacam outras plantas como tomateiros e feijoeiros, em que os inimigos naturais também podem ser usados com sucesso. Mas, por enquanto, vamos focar nas lavouras de morango”, diz Felipe Lemos, um dos sócios da Econtrole.

Durante o processo de incubação da empresa, eles testaram a metodologia de controle em uma propriedade agrícola no município de Ervália, próximo a Viçosa. “Acompanhamos uma safra de morangos comparando o controle químico com a introdução do ácaro predador Neoseiulus anonymus, um inimigo natural do ácaro praga. O controle biológico foi mais eficiente e bem mais econômico para o produtor”, afirma João Alfredo Ferreira, outro sócio da Econtrole. Os pesquisadores lembram que a economia vai além dos custos menores de produção. “Predadores naturais não contaminam a água, o solo e nem os agricultores acostumados a manusear os aplicadores de defensivos, que são nocivos à saúde. Isso sem falar na saúde do consumidor que vai ingerir alimentos sem agrotóxicos”.

Parte do trabalho da empresa consiste em criar os ácaros predadores em laboratórios e introduzi-los nos plantios de forma sustentável. “É preciso considerar as características de cada propriedade e monitorar as pragas. Em alguns casos, como nos morangos, precisamos fazer uso de alimentos alternativos para os inimigos naturais, como pólen floral, para garantir que a população de predadores se mantenha na proporção que cada lavoura necessita, mesmo quando há pouca praga”, explica Felipe Lemos.

Na propriedade do agricultor José Wanderlei Ferreira Rezende, em Ervália, o controle biológico está dando certo e a comercialização de produtos sem defensivos agrega valor aos morangos produzidos. Os funcionários da propriedade alimentam os ácaros predadores e monitoram as pragas para que o controle aconteça na medida certa sem a presença constante dos pesquisadores. “Nós oferecemos a tecnologia e acompanhamos os resultados”, diz João Alfredo. Segundo ele, o processo é simples e pode ser conduzido pelos proprietários. O próximo passo é desenvolver tecnologias de fácil aplicação para que os agricultores consigam criar minibiofábricas de inimigos naturais nas próprias fazendas, reduzindo custos de controle de pragas nas próximas safras.

Para o professor Angelo Pallini, do Departamento de Entomologia, que acompanha o processo de incubação da Econtrole, apoiando iniciativas como esta, a Universidade Federal de Viçosa está incentivando o empreendedorismo nos pesquisadores criando novos modelos de negócios que envolvem tecnologia. “Estas empresas se dedicam a encontrar soluções ambiental e economicamente sustentáveis para problemas que afetam a economia, utilizando ferramentas científicas que foram desenvolvidas na Universidade”.

(Léa Medeiros)

 

O trabalho já está dando bons resultados em uma propriedade rural em Ervália-MG

O trabalho já está dando bons resultados em uma propriedade rural em Ervália-MG

O ácaro predador se alimenta do ácaro praga, controlando o ataque às folhas do morango

O ácaro predador se alimenta do ácaro praga, controlando o ataque às folhas do morango

Núcleo de Biomoléculas disponibiliza equipamentos de alta complexidade para pesquisas

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 02/jul/2015 -

Pesquisadores da UFV  já podem contar com um equipamento capaz de sequenciar um genoma humano em menos de uma semana. Este é apenas um dos equipamentos capazes de realizar análises de alta complexidade que estão à disposição de usuários no Núcleo de Biomoléculas (NuBioMol). O Núcleo funciona como um laboratório multiusuário e reúne equipamentos para dar suporte analítico para todos os departamentos da Universidade e outras instituições de pesquisa.

Os equipamentos de alta complexidade fazem com que o NuBioMol esteja entre os cinco melhores laboratórios do país para análise de moléculas biológicas. Por isso, atende também a outras universidades, inclusive estrangeiras. O Núcleo foi criado em 2009, principalmente com recursos do CT-Infra Finep, para reunir equipamentos capazes de atender às demandas de diferentes pesquisadores que exigem análises químicas e biológicas de alta complexidade. Hoje, são mais de dez equipamentos que, juntos, custaram mais de R$ 12 milhões e estão em pleno funcionamento. O NuBioMol  já atendeu a pelo menos 130 projetos de pesquisas de 12 programas de pós-graduação e foi fundamental para o desenvolvimento de teses, dissertações e trabalhos científicos de alto impacto.

Além de dois sequenciadores de DNA/DNA, o NuBioMol conta com vários espectrômetros de massa com diferentes configurações para análises de moléculas orgânicas pequenas, bem como de macromoléculas. Estes equipamentos possibilitam o estudo da variabilidade genética e da fisiologia molecular em plantas e animais, com aplicações biotecnológicas e no melhoramento genético, bem como detecção e quantificação de moléculas orgânicas de contaminantes do solo e de águas fluviais.

Segundo seu coordenador, o professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Humberto Josué de Oliveira Ramos, o NuBioMol também contribui para a formação dos pesquisadores, porque eles são treinados para usar os equipamentos descobrindo outras potencialidades e aplicações de metodologias analíticas. “Não fazemos mais, porque temos poucos funcionários para treinar pesquisadores e poucos recursos para a manutenção, que é caríssima. Mas nossa estrutura está entre as melhores do mundo e a UFV pode se orgulhar disso”, disse o professor Humberto.

O NuBioMol fica localizado na casa nº 21 da Vila Giannetti. Para conhecer melhor seus equipamentos, acesse o site www.nubiomol.ufv.br.

(Léa Medeiros)

O professor Humberto Ramos é o coordenador do NuBioMol

O professor Humberto Ramos é o coordenador do NuBioMol