30 de março de 2016
29/03/2016
A UFV vai coordenar uma grande pesquisa que pretende avaliar o impacto do padrão alimentar brasileiro, de grupos de alimentos e fatores dietéticos específicos no desenvolvimento de doenças não transmissíveis em profissionais que se formaram na UFV e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa vai abranger mais de 60 mil pessoas e formar um grande banco de dados sobre hábitos alimentares que pode subsidiar políticas públicas e muitos estudos para melhorar a qualidade de vida do cidadão. Para tudo isso dar certo, a equipe de pesquisadores vai precisar da colaboração dos ex-alunos destas universidades.
A pesquisa chamada de Coorte de Universidades Mineiras (Cume) é um projeto arrojado, mas pode dar grandes contribuições para conhecer melhor os hábitos de vida de pessoas que têm nível de escolaridade superior, acesso a informações e renda suficiente para uma boa qualidade de vida. Resta saber se tudo isso influencia na adoção de hábitos saudáveis ao longo do tempo. Isso porque as entrevistas serão aplicadas em ex-alunos que se formaram na graduação ou pós-graduação destas universidades entre 1994 e 2014, ou seja, que estão na faixa entre 20 e 40 e poucos anos.
O estudo será feito com o apoio das associações de ex-alunos de cada universidade que têm informações sobre os participantes. Cada um será convidado, por e-mail, a responder um questionário sobre hábitos alimentares cotidianos e atual estado de saúde. Quem se dispuser a responder poderá ser alertado caso os pesquisadores encontrem algo alarmante nos resultados dos exames informados.
A Cume está sendo coordenada pela professora Josefina Bressan (foto), do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, e conta com apoio dos professores Ellen Miranda Hermesdorff (UFV), Adriano Marçal Pimenta (UFMG) e Fernando Pereira Oliveira, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
A professora Josefina explica que a estrutura de informática para receber tantas informações já está pronta. “Agora precisamos da colaboração das pessoas em responder corretamente o questionário, mas temos certeza de que teremos um bom retorno porque ex-alunos costumam ter uma boa relação com o que fazemos na Universidade”.
A pesquisa vai gerar um enorme banco de dados para futuras teses e dissertações e pode subsidiar tomadas de decisão importantes para a população. “Vamos investigar, por exemplo, se a qualidade e quantidade de restaurantes perto das pessoas e se a qualidade das calçadas influencia na obesidade. São muitos dados que serão muito úteis para conhecer melhor a qualidade de vida de nossos ex-alunos”, disse a professora Josefina.
O ex-aluno que tiver interesse em participar do estudo pode se cadastrar no site www.projetocume.com.br para receber o link do questionário por e-mail. Mais informações também estão disponíveis na página do projeto no facebook.
(Léa Medeiros)
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