6 de janeiro de 2016
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) lança, dia 7 de janeiro, os quatro primeiros editais de 2016. Ao todo, são mais de R$37 milhões para investimento em projetos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento. Entre as propostas, está a chamada para financiar projetos de pesquisa visando à geração e desenvolvimento de tecnologias necessárias para a recuperação das áreas afetadas pelo rompimento da barragem em Bento Gonçalves (MG).
As propostas relacionadas a essa chamada devem ser direcionadas de acordo com quatro linhas temáticas: Recuperação do solo, Recuperação da água, Recuperação da biodiversidade eTecnologias sociais. As linhas foram definidas após debates com pesquisadores de diferentes áreas que, durante um workshop realizado no início de dezembro, apresentaram sugestões e demandas que atenderiam com maior eficácia a área impactada.
Para o diretor de Ciência Tecnologia e Inovação da Fapemig, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, a hora é de buscar parcerias e somar esforços. “Convidamos a comunidade científica a discutir o problema e a propor soluções porque sabemos que essa não será uma ação isolada e temporária. No momento, o que precisamos é de congregar a inteligência dos nossos pesquisadores para adicionar conhecimento e criatividade na busca por tecnologias para a recuperação da Bacia do Rio Doce”, explica o diretor.
Para esta chamada serão destinados R$4 milhões, sendo que cada proposta deverá ser de, no máximo, R$ 200 mil. O prazo de execução dos projetos contratados é de até 24 meses. As propostas poderão ser submetidas até 7 de março de 2016. Esta chamada traz uma novidade: o que se espera são produtos e tecnologias que busquem soluções para problemas que atingem as regiões afetadas. Alternativas que ajudem a utilizar a lama do local, mecanismos que auxiliem na despoluição da água ou tecnologias que contribuam para a qualidade de vida da população são alguns exemplos. A chamada prevê que, a cada seis meses, os pesquisadores forneçam relatórios de acompanhamento para verificar os avanços das iniciativas.
Outra novidade em relação à recuperação da Bacia do Rio Doce é a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Fapemig e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (Fapes). O documento tem o objetivo de fortalecer ações conjuntas que proponham minimizar os impactos da tragédia nos dois estados e deverá resultar em uma nova chamada de projetos em redes de colaboração entre pesquisadores de diferentes especialidades, para o enfrentamento abrangente dos problemas causados pelo desastre.
Chamadas
Também, nesta quinta, serão lançados: o Edital Universal – que apoiará pesquisas em todas as áreas do conhecimento, com prazo para submissão até 28 de março e investimentos de mais de R$23 milhões -; o edital do Programa Pesquisador Mineiro (PPM), que financiará, por meio da concessão de apoio financeiro mensal (grants), os planos de trabalho coordenados por pesquisadores vinculados a projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação em desenvolvimento – cujas propostas devem ser enviadas até 14 de março e prevê aporte de R$ 8 milhões -, e o edital de Incentivo ao Pesquisador Público Estadual (BIPDT). Esse último apoia pesquisadores, servidores públicos estaduais a desenvolver projetos de pesquisa científica e/ou tecnológica em áreas de conhecimento de interesse do Estado, e receberá inscrições até 21 de março e conta com recursos que chegam a R$4 milhões.
Todas as chamadas deste ano devem prever a elaboração de um PITCH (material de divulgação em vídeo voltado ao público leigo), conforme as diretrizes contidas na página da Fapemig.
(Fonte: Assessoria Fapemig)