23 de outubro de 2015
A UFV teve sua primeira Patente Verde deferida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no dia 22 de setembro. A tecnologia Processo de germinação e produção de sementes pré-germinadas de macaúba refere-se à germinação dessas sementes que possuem dormência profunda – taxa de germinação menor que 3% pelos métodos convencionais – e que inviabilizam a produção comercial de mudas da planta. Por meio dela, é possível alcançar taxa de germinação de até 80%.
A tecnologia foi desenvolvida pelos pesquisadores Sérgio Motoike, Mychelle Carvalho, Adauto de Sá Junior, Francisco Lopes e Márcio Oliveira, que possuem vínculo com o Departamento de Fitotecnia (DFT) da UFV. O pesquisador coordenador e também professor do DFT, Sérgio Motoike, explicou que ela é importante porque possibilita a exploração agrícola da macaúba, antes realizada de forma extrativista. A macaúba, segundo ele, tem grande potencial de produção de alimentos, combustíveis renováveis – como biodiesel, bioquerosene e carvão –, oleoquímica e cosméticos e também pode ser cultivada em sistemas silvipastoris em consórcio com a pecuária.
Vale destacar que, durante o processo de deferimento da patente, os pesquisadores contaram com o apoio da Comissão Permanente de Propriedade Intelectual (CPPI) da UFV. A CPPI é responsável por gerir a propriedade intelectual da instituição e, nesse caso, auxiliou na adequação do pedido de patente ao programa Patentes Verdes e na negociação do licenciamento da tecnologia para uma empresa da região de Viçosa, entre outras contribuições.
Programa Patentes Verdes
O programa do INPI tem como objetivo contribuir para as mudanças climáticas globais e acelerar o exame dos pedidos de patentes relacionados a tecnologias voltadas para o meio ambiente. Por meio dessa iniciativa, o INPI possibilita a identificação de novas tecnologias que possam ser rapidamente usadas pela sociedade.
(Divisão de Jornalismo)