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UFV integra grupo de pesquisa internacional sobre biocombustíveis avançados

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 14/dez/2016 -

A UFV está entre as instituições de pesquisa que integram o consórcio brasileiro para a realização do projeto BioValue – Valorização de cadeia produtiva descentralizada de biomassa visando à produção de biocombustíveis avançados: desenvolvimento e avaliação de rotas termoquímicas integradas à produção da biomassa, aprovado no âmbito do programa Horizon 2020 junto às fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados de Minas Gerais (Fapemig) e São Paulo (Fapesp), ao  Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e à Comunidade Europeia. De larga escala e profundidade científica, o projeto é voltado à produção de biocombustíveis avançados (querosene de aviação), com recursos da ordem de 9 milhões de euros.

Representam a Universidade neste consórcio a equipe de pesquisadores do Laboratório de Celulose e Papel, do Departamento de Engenharia Florestal da UFV, liderada pelo professor Jorge Luiz Colodette, e do Grupo de Pesquisas em Melhoramento da Cana-de-Açúcar da Universidade, liderado pelo professor e pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Luiz Alexandre Peternelli, em parceria com o professor Marcio Henrique Pereira Barbosa.

O projeto BioValue será coordenado pelo pesquisador Antonio Bonomi, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) – que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Ele envolverá também pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto Agronômico (IAC), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Centro Universitário FEI (FEI), das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Uberlândia (UFU), Santa Maria (UFSM) e Itajubá (Unifei), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), além de pesquisadores das empresas Petrobras, Embraer, Boeing, Fibria, Klabin e Valmet, que cofinanciarão a pesquisa.

O objetivo do projeto é desenvolver novos sistemas agrícolas, considerando a diversificação de culturas e resíduos lignocelulósicos para a produção de biocombustíveis; logística e processos de conversão eficientes para as biomassas, incluindo as rotas bioquímicas e termoquímicas; avaliações integradas da sustentabilidade técnica, econômica, ambiental e social das cadeias de valor.

O BioValue está alinhado ao consórcio parceiro europeu (BECOOL) que envolve 14 instituições, beneficiando-se, assim, das sinergias e complementaridades, do know how e experiências do Brasil e da Europa sobre biomassa e produção de biocombustíveis lignocelulósicos.

Os recursos do BioValue alocados em Minas Gerias vêm da Fapemig e de empresas privadas e serão gerenciados pela UFV, por meio do Laboratório de Celulose e Papel e da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe).

 

(Fonte: Fernando Gomes)

Encontro do Talento Estudantil premia aluna do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 13/dez/2016 -

O trabalho Estratégias para a preparação de emulsões do tipo óleo em água e prospecção de bioatividades, de autoria da estudante Lívia Cristina Viol, do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica (PPAG) da UFV, foi classificado em segundo lugar na categoria pós-graduação no tema “Recursos Animais” do XXI Encontro do Talento Estudantil.  O evento foi realizado, nos dias 1º e 2 de dezembro, na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília (DF).

O trabalho orientado pelo professor Róbson Ricardo Teixeira tem coorientação dos professores Gustavo Costa Bressan (UFV) e Luciano Paulino da Silva (Embrapa – Brasília). O estudo objetiva o desenvolvimento de uma estratégia simples para o preparo de emulsões do tipo óleo e água para serem utilizadas como carreadores de fármacos e agroquímicos.

Mais informações sobre a edição 2016 do Encontro do Talento Estudantil, que teve 167 trabalhos inscritos, podem ser conferidas neste link.

UFV participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 18/nov/2016 -

A UFV participou, entre os dias 9 e 13 de novembro da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, em Belo Horizonte. O evento envolveu diversas instituições de ensino , pesquisa e iniciativas de popularização da ciência.

A UFV surpreendeu o público com um estande que mostrou a cadeia produtiva do frango e esclareceu muitas dúvidas dos consumidores.

Assista ao vídeo com a cobertura do evento:

Pesquisa aponta que emissão de ozônio pode gerar queda na produtividade agrícola

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 08/nov/2016 -

Na semana em que governantes do mundo inteiro se reúnem em Marrocos para 22ª Conferência da ONU sobre clima, uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Viçosa alerta para um problema grave em um futuro próximo: o ozônio, presente no ar perto da superfície da Terra, deverá diminuir a produtividade agrícola se as emissões não forem reduzidas. No Brasil, o problema irá afetar a região Centro-Oeste, uma das maiores produtoras de grãos do mundo. Na Ásia e na África, irá agravar ainda mais o problema da segurança alimentar.

A pesquisa, orientada pelo professor Flávio Justino, do Departamento de Engenharia Agrícola, é inédita na América do Sul. Segundo ele, os cientistas já conheciam os efeitos benéficos do ozônio no armazenamento de grãos, mas há poucas pesquisas sobre o efeito do gás na fisiologia das plantas.  “Ele reduz a produção de biomassa, ou seja, faz a planta ser menos produtiva”, explica o pesquisador.

Os estudiosos da interação do clima com as plantas também já sabiam que o gás carbônico (CO2), um dos responsáveis pelo aumento na temperatura global, pode beneficiar o crescimento das plantas e aumentar a produtividade. A má notícia, trazida pela pesquisa da UFV, é que a presença do ozônio reduz o efeito positivo do CO2, sobretudo para os cereais que são grandes commodities agrícolas, como milho, trigo, soja e arroz: “o efeito da fertilização do CO2 é menos intenso na presença do ozônio. Os ganhos esperados para o futuro serão menores por causa do ozônio na atmosfera”. Estima-se que, nas próximas décadas, as concentrações de ozônio atinjam o dobro dos índices atuais, por isso as perdas serão tão significativas. De acordo com Flávio Justino, estudos apontam uma redução de cerca de oito toneladas de produção de forragem por hectare.

O Brasil tem pelo menos a metade de ozônio na atmosfera que regiões da Ásia e África Subtropical. Lá, os agricultores já estão percebendo a queda de produtividade causada pelo excesso do gás atmosférico. Na América do Sul, a tendência é de aumento, sobretudo nas proximidades de grandes cidades e regiões onde ainda prevalece a prática de queimadas agrícolas. “Estas regiões são as maiores produtoras de grãos e as que mais sofrerão o impacto do excesso de ozônio na atmosfera”, explica o professor.

As pesquisas da UFV foram conduzidas em plantios de mileto, um cereal muito comum para alimentação na Ásia e na África e usado como forrageira no Brasil. A expectativa dos pesquisadores é de que os resultados sejam semelhantes para cultivos de milho e arroz. Os experimentos serão repetidos no início do próximo ano. Realizada em parceria com pesquisadores da Noruega, Índia e Inglaterra, a pesquisa foi apresentada em outubro em uma conferência sobre interações de mudanças climáticas, poluição atmosférica e agroecossistemas, na Universidade de Oslo, Noruega. Saiba mais sobre o evento e as pesquisas em:  http://www.cicero.uio.no/en/CiXPAG 

(Léa Medeiros)

As pesquisas aconteceram com plantio de mileto em câmaras de ozônio

As pesquisas aconteceram com plantio de mileto em câmaras de ozônio

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UFV realiza solenidade de titulação de mestres e doutores

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 14/out/2016 -

A solenidade de titulação da pós-graduação, que já se tornou tradição na UFV, aconteceu dia 14 de outubro, em duas cerimônias. Novos mestres e doutores receberam seus certificados no Espaço Acadêmico-cultural Fernando Sabino, do campus Viçosa, acompanhados por amigos e familiares.

No total, a Universidade titulou 236 pós-graduados. Na parte da manhã, os dos centros de Ciências Agrárias (CCA) e de Humanas, Letras e Artes (CCH), e, na parte da tarde, os dos centros de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCE) e Biológicas e da Saúde (CCB).

Para Vinicius de Souza Moreira, mestre em Administração e, atualmente, doutorando no mesmo Programa, o momento é de celebração “pelos dois anos de muito aprendizado e de convivência com amigos”, além de ser uma oportunidade para trazer os seus familiares à Universidade e “mostrar o resultado de muito investimento e sacrifício”.

Tarcila Generoso, mestre em Engenharia Agrícola, veio de longe. Após se graduar na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), optou por realizar o seu mestrado na UFV “pela instituição ser umas das mais bem conceituadas”. Ela definiu a fase como “uma etapa de muito estudo, empenho e dedicação” e, por isso, o recebimento do diploma “é uma vitória muito grande”. Gostou tanto do desafio que continuou na UFV como doutoranda e já dá aulas em uma instituição particular de Viçosa.

A doutora em Biologia Celular e Estrutural Marli do Carmo Cupertino tinha motivação extra para comemorar: participou da cerimônia com o marido, Rodrigo Oliveira de Lima, que já havia defendido sua tese, mas não celebrado, formalmente, a conquista. “Concluir um doutorado nos tempos de hoje é a realização de um sonho. Sou de uma família humilde, na qual fui a primeira a conseguir esse título. É uma grande felicidade”, destacou a viçosense.

Ao obter o título de mestre no mesmo Programa que Marli, a angolana Martinha Mapingala Capoco enalteceu a receptividade que teve no Brasil e em Viçosa. “Sou muito grata à universidade e aos brasileiros, é difícil expressar em palavras”, disse. Após três anos na UFV, seus próximos objetivos são voltar a trabalhar em Angola e, lá, “contribuir para o crescimento do meu país, que passou por tantas dificuldades e guerras”.

A agora mestre Nina Rosa Fernandes Diniz, que obteve seu título no Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (Profiap), é a primeira servidora da UFV a concluir o curso. “Sou particularmente grata à reitora Nilda Soares, que se empenhou pessoalmente em proporcionar esta oportunidade a nós que trabalhamos na instituição”. A servidora está bastante entusiasmada com as expectativas, visto que poderá aplicar o resultado de suas pesquisas, voltadas para a gestão de resíduos eletrônicos, na UFV.

Já a mestre em Agroquímica Deborah Campos Tomaz se sente bastante em casa, uma vez que concluiu graduação e mestrado na UFV, onde também, atualmente, faz doutorado. “É uma sensação de dever cumprido. Foi muito trabalho, muita dedicação e, agora, a recompensa veio”, afirmou a estudante de Ponte Nova – que faz questão de ressaltar o diferencial da UFV em oferecer uma solenidade desse tipo a seus pós-graduados.

Discursos

O mestre em Administração Itair de Oliveira Araújo foi o orador dos pós-graduados do CCA e CCH, já o mestre em Física Aplicada Ricardo Júnior Campos Lopes representou os do CCB e CCE. Em seus discursos ambos agradeceram à UFV “em nome de todas as pessoas que fazem desta instituição uma das melhores deste país” e destacaram que a pós-graduação é  “um momento ímpar” em que se “aprende para valer a importância do trabalho em equipe, da união, do respeito pela opinião alheia”. Propuseram ainda que cada um não se esqueça do compromisso “de continuar a construir um Brasil e um mundo melhor”, já que “o conhecimento é para a evolução, para amenizar as mazelas sociais e para mitigar as desigualdades e promover o bem comum”.

O paraninfo dos titulados, o professor do Departamento de Estatística Paulo Roberto Cecon, se sentiu “honrado e sensibilizado” pelo convite recebido na Universidade em que se graduou e onde se dedica há 36 anos. Ele desejou que os mestres e doutores “sejam felizes, respeitem seus pares e conciliem sua vida profissional, com a pessoal, principalmente a familiar”. Disse também “esperar que o conhecimento, a experiência, a vivência e a vontade de aprender não cessem com a obtenção do título, mas que seja sempre um estímulo para novas jornadas”.

A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares lembrou que a UFV completa 90 anos pautada no oferecimento de melhorias e de uma formação ética, por isso, é motivo de felicidade entregar novos mestres e doutores à sociedade. Ela parabenizou os pós-graduandos e desejou que eles “levem o aprendizado obtido, transformem o país e sejam embaixadores da UFV, onde quer que estejam”.

Mais fotografias da solenidade podem ser conferidas neste link.

(Divisão de Jornalismo)

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Cassado título de Mestre em Administração

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 22/set/2016 -

Veja aqui

Mestrado em Educação – Resultado Homologação Inscrições Processo Seletivo 2017

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 09/set/2016 -

          Os candidatos cujas inscrições foram homologadas deverão comparecer para a prova escrita a se realizar no dia 12/09/2016, segunda-feira, às 8h30min, no Auditório do Pavilhão de Aulas B (PVB), munidos da Carteira de Identidade original e uma cópia encadernada do pré-projeto de pesquisa.
         Para visualizar as inscrições homologadas, acesse o site do programa, clicando AQUI.

Chamada da Fapemig destinará R$25 milhões para redes de pesquisa

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 02/set/2016 -


Objetivo é estimular cooperação entre pesquisadores e instituições com foco em temas estratégicos

(2/9/16)

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) acaba de lançar a chamada 09/2016 – Redes de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação. Ao todo, serão investidos R$25 milhões nas propostas selecionadas. Os interessados têm até o dia 24 de outubro para enviar seus projetos, que devem ser submetidos por meio do Sistema Everest.

O Programa de Apoio às Redes de Pesquisa incentiva a colaboração interinstitucional em torno de temas estratégicos e relevantes para Minas Gerais. Além da colaboração, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, destaca o compartilhamento de infraestrutura e a troca de informações como diferenciais do Programa. “Essa é uma iniciativa importante para a FAPEMIG, tanto que, apesar das dificuldades, foi decidido que o orçamento global será mantido”.

Atualmente, a FAPEMIG possui 13 Redes de Pesquisa cadastradas, que podem ser conhecidas aqui. Em agosto, elas participaram de um seminário de avaliação, no qual apresentaram seus principais resultados a uma comissão especial formada por especialistas de reconhecida competência, todos externos à Fundação. Uma novidade da chamada é que essa avaliação será computada para a nota final com peso de 40% para aquelas redes que decidirem apresentar novamente propostas de financiamento.

Informações devem ser solicitadas por e-mail para a Central de Informações da FAPEMIG (ci@fapemig.br).

Fonte:Assessoria de Comunicação Social / FAPEMIG

 

Grupo de Pesquisa da UFV desenvolve ferramenta para melhor organização territorial

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 01/set/2016 -

Um dos maiores acervos rurais sobre assentamentos rurais do país está na UFV. É o que afirma o professor José Ambrósio Ferreira Neto, do Departamento de Economia Rural, coordenador do Grupo de Pesquisa Assentamentos, que possui dados de 125 assentamentos rurais do País, sendo 60 em Minas Gerais, 43 no Acre e 22 no Espírito Santo. Todas as informações, como estudo sobre mapas, decretos de criação, relatórios detalhados sobre aspectos do solo, fauna, flora e recursos hídricos dos assentamentos, são frutos de pesquisas desenvolvidas pelo grupo, em parceria com uma equipe multidisciplinar, composta por pesquisadores dos departamentos de Economia Rural, Engenharia Agrícola, Solos e Ciências Biológicas.

As ações do Grupo tiveram início há 18 anos e foram formalizadas na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2008. Desde a sua criação, são realizados trabalhos relacionados à reforma agrária e a temas ambientais, como associativismo, cooperativismo e desenvolvimento rural, sempre tendo como foco as questões sobre a transformação da estrutura fundiária e organização territorial.

Prova do seu reconhecimento foi o convite para coordenar um trabalho do Instituto Chico Mendes, em 2012, em 77 unidades de conservação de uso sustentável, de Santa Catarina até a divisa do Acre com o Peru. Na época, chegaram a ser aplicados cerca de 55 mil questionários, abrangendo 280 mil pessoas, com o objetivo de se fazer um diagnóstico socioeconômico dessas unidades. A partir das perguntas dos questionários foi possível estabelecer o perfil dos seus beneficiários, obter informações de caráter demográfico, como faixa etária, gênero, escolaridade, e também sobre infraestrutura das moradias, atividades produtivas, renda, acesso a políticas públicas e percepção das suas condições de vida nas unidades. De acordo com o professor José Ambrósio Neto, “como o questionário é um instrumento frio”, parte da equipe também foi em algumas reservas aplicar técnicas participativas, permitindo um contato mais próximo com as comunidades. “Com todo esse levantamento, o grupo passou a ter também um acervo que nenhum lugar do mundo tem sobre as reservas extrativistas brasileiras”, destaca.

Além disso, há 10 meses, uma estudante do Instituto Agronômico Mediterrâneo de Zaragoza, Espanha, está na UFV realizando sua pesquisa de campo nos assentamentos rurais atendidos pelo Grupo. Outros seis pesquisadores espanhóis também conheceram alguns dos assentamentos e, segundo Ambrósio, ficaram encantados com a experiência. Isso porque estavam diante de uma perspectiva oposta, já que o problema que dá origem ao assentamento no Brasil é a questão da concentração fundiária, enquanto na Europa é o contrário, há o minifúndio, com propriedades fragmentadas.

Inovação
A expectativa é de que o grupo de pesquisa expanda ainda mais a sua contribuição para a organização territorial do Brasil de outros países com a criação de um software inovador: o Sistema de Organização Territorial da Reforma Agrária e Planejamento Ambiental (Soter-PA). Ele permite uma melhor divisão territorial dos assentamentos ao equilibrar a produtividade com o número de hectares no momento da divisão de terras.

Como explica o professor, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desapropria fazendas, é retirado um espaço de reserva legal e o restante é dividido em lotes que as famílias receberão para produzir. Na área urbana essa divisão seria simples, mas na zona rural é feito o parcelamento sem ser considerado que em uma região o solo é adequado e em outra não. Assim, as famílias que recebem lotes improdutivos acabam sendo prejudicadas e abandonando o local.

O Soter-PA vem solucionar essa questão ao possibilitar que, a partir de mapas do local, seja feita a divisão de lotes com o menor desvio padrão entre aptidões, sendo mais homogêneos possíveis, com qualidade para a agricultura menos discrepante. Por exemplo, uma família receberá um lote de oito hectares e outra de 15 hectares, mas o lote menor será equivalente ao maior de acordo com o critério da aptidão escolhido, seja agrícola ou social.

Outra boa notícia é que, conforme o coordenador do grupo, o programa “é tão simples que uma pessoa com conhecimento mínimo de informática consegue utilizar”. Para isso, é necessário ter o mapa do local que será dividido em lotes e, a partir daí, simular o parcelamento da terra da melhor forma.

Os próprios pesquisadores do Grupo estão fazendo testes com o programa e já foi constatado que a divisão dos lotes do ponto de vista da qualidade das terras e da utilização de áreas ambientalmente importantes ficou melhor, contribuindo para a organização territorial mais sustentável do que a atualmente realizada pelo Incra. Por isso, o instituto já tem demonstrado interesse em utilizar o programa para a divisão de lotes novos.

Ambrósio ressalta que “tem total interesse em repassar o programa para outros países que estão enfrentando a reforma agrária, como Moçambique e Angola”. A justificativa “é evitar o erro de fazer assentamentos em áreas que não sejam apropriadas para isso, como ocorreu no Brasil”.

O programa Soter-PA está em fase final de testes e já possui Registro de Marca no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). O Grupo está providenciando a documentação para obtenção do registro de software no próximo ano, quando  passará a ser disponibilizado a qualquer usuário em seu site www.assentamentos.com.br. Os interessados em obter mais informações sobre o programa e ter acesso aos dados do acervo do grupo devem entrar em contato pelo e-mailambrosio@ufv.br.

Seminário
O Grupo Assentamentos busca ainda articular os trabalhos de pesquisa com as atividades dos estudantes de graduação e de pós-graduação nas temáticas Organização territorial, desenvolvimento sustentável e meio ambiente. Com esse objetivo surgiu o Seminário Internacional Brasil, Espanha e Portugal (Sibep), que reúne pesquisadores da área dos três países, a partir de uma parceria com a Universidade de Santiago Compostela, no Laboratório de Território, da Espanha.

Já foram realizadas quatro edições do seminário, duas na UFV, uma na Espanha e a última delas em Palmas (TO). A iniciativa buscou interiorizar o evento, permitindo que ele chegasse a um público que normalmente não tem a oportunidade de participar de palestras com pesquisadores internacionais.

A temática do IV Sibep, realizado em abril deste ano, foi o Planejamento Territorial e Desenvolvimento Rural Sustentável: Tendências e Desafios. Como conta o professor José Ambrósio (1º da esq. à dir., na fotografia abaixo), que também foi um dos organizadores do evento, a escolha da temática está associada ao local onde o seminário foi realizado, “já que Palmas é uma das regiões em que se está esgotando a fronteira agrícola, por isso era importante trazer esse tema para a discussão”.

Participaram do evento palestrantes da Espanha, Portugal, das universidades de Brasília (UNB), Santa Maria (UFSM) e três da UFV: Marcelo Leles de Oliveira (DER), André Luiz de Faria Lopes (Departamento de Geografia) e Sebastião Renato Valverde (Departamento de Engenharia Florestal). O IV Sibep teve o apoio da Universidade Federal do Tocantis (UFT), da Embrapa, Pesca e Agricultura, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Sociedade de Investigações Florestais (SIF) e da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe).

(Sabrina Areias)

Grupo de Pesquisa da UFV desenvolve ferramenta para melhor organização territorial

Grupo de Pesquisa da UFV desenvolve ferramenta para melhor organização territorial

Você sabia que a primeira tese defendida no Brasil foi na UFV?

Postado por Marcos Jose Mendes Miranda Miranda em 30/ago/2016 -

Na semana em que a Universidade completa 90 anos, a Coordenadoria de Comunicação Social lança o programa Memória Viva UFV. A edição especial de lançamento traz uma entrevista com o professor Flávio D’Araújo Couto, o orientador da primeira tese defendida no Brasil, em 1961. Ele formou-se em Agronomia na UFV, em 1947, e foi professor da Fitotecnia entre 1951 e 1971.  

No programa, o professor conta como era a Universidade entre as décadas de 1940 e 1980, como foram as principais transformações vividas pela UFV, o processo de federalização e a criação da pós-graduação.

O programa está disponível no canal da UFV no YouTube, dividido em quatro blocos. No primeiro, Flávio Couto lembra sua chegada à Universidade e os primeiros anos em Viçosa. Sua atuação como professor e a criação da pós-graduação na UFV e no Brasil são discutidos no segundo bloco. No terceiro, ele apresenta um panorama das implicações do desenvolvimento da pesquisa agropecuária e a contribuição da UFV para o surgimento da Embrapa e da Agroceres. Por fim, no quarto bloco, recorda os bons momentos que passou na instituição e o que esses 90 anos representam para ele.

Confira os blocos do Programa Memória Viva UFV nos seguintes links.

Bloco 1: https://youtu.be/BIvcusHIYo0
Bloco 2: https://youtu.be/Tt6IFMa1IaA
Bloco 3: https://youtu.be/z7ms5nsmOgU
Bloco 4: https://youtu.be/V1V_0bl02gA

Flávio Couto