16 de maio de 2017
A UFV irá estabelecer um convênio com a Fundação Renova para incentivar pesquisas na reparação, restauração e reconstrução das regiões impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. A reunião sobre o tema aconteceu dia 10 de maio entre a reitora Nilda Soares e o diretor-presidente da Fundação, Roberto Waack (foto), que esteve em Viçosa para a palestra de abertura do IV Fórum Brasil de Áreas Degradadas.
Segundo a reitora, já existem diversos professores da UFV realizando pesquisas sobre meio ambiente na região atingida pelo desastre na Bacia do Rio Doce com apoio de editais da Fapemig. Agora, o convênio será coordenado pela Diretoria de Relações Institucionais para ampliar as parcerias e estimular trabalhos também na área socioeconômica. “Nós temos muito a contribuir com projetos e ações sociais nas comunidades que foram afetadas” disse Nilda Soares. Para Roberto Waac, a proximidade geográfica, bem como o fato de Viçosa estar dentro da bacia do Rio Doce e ser uma referência em pesquisas na área ambiental, irá facilitar a realização de pesquisas e trabalhos de extensão. “O desastre de Mariana está na fronteira de conhecimento de quase tudo. Não há como avançar sem a colaboração com centros geradores de conhecimento como a UFV”.
Na palestra de abertura do Fórum, Roberto Waack explicou que as consequências do desastre de Mariana envolvem muitas instituições, instâncias de governos e Justiça. A complexidade do caso levou o Ministério Público a propor a criação de uma Fundação para administrar os mais de R$ 10 bilhões oriundos do Termo de Ajustamento de Conduta com a empresa Samarco e realizar ações para reparação, restauração e reconstrução da área atingida. O modelo de governança da Fundação Renova reúne câmaras técnicas em diversas áreas do conhecimento, órgãos públicos, e representantes da sociedade civil e dos impactados. “É um modelo único no mundo para tentar minimizar os impactos do desastre e recuperar o Rio que já vinha sofrendo sérios impactos ambientais e precisa ser revitalizado. As soluções não estão prontas e não são únicas”, destacou o diretor-presidente da Fundação.
O IV Fórum Brasil de Áreas Degradadas foi realizado entre os dias 9 e 11 de maio na Biblioteca Central do campus Viçosa, e reuniu mais de 200 pessoas interessadas na troca de experiências e conhecimentos sobre recuperação e degradação ambiental nos diversos biomas brasileiros, assim como na discussão de modelos úteis para as atividades impactantes de mineração, urbanização, construção de estradas e barragens. O fórum foi coordenado pelos professores Igor Assis, do Departamento de Solos, e Renato Valverde, do Departamento de Engenharia Florestal.
Léa Medeiros – Fotos: Daniel Sotto Maior
Divulgação Institucional